quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Desastre em tons de vermelho
5 pontos de vantagem sobre o Sporting, 7 sobre o Porto (à condição) e só não é líder pois existe uma fabulosa e surpreendente formação chamada Leixões, que teima em não largar o topo da tabela da Liga Sagres.
Se tudo isto é verdade, também não é mentira que o que se passou hoje em Atenas foi um verdadeiro naufrágio, numa noite onde para além dos números expressivos da derrota, nada saiu bem à equipa mais a sul da segunda circular.
O onze titular figurava com as ausências anunciadas de Aimar e Luisão e com a baixa de última hora a ser Katsouranis, que por não estar a 100% ficou no banco de suplentes.
Os que jogaram deveriam efectivamente garantir uma exibição competitiva face a uma equipa do Olympiakos que ainda não tinha perdido em casa mas que está longe, bem longe, de ser um colosso europeu.
Mas de facto, o primeiro minuto do jogo veio anunciar o que acabou por acontecer.
O Benfica não só perdeu, deixando-o practicamente fora da UEFA, como se deixou humilhar, sofrendo 5 golos, grande parte deles em momentos críticos, cortanto qualquer capacidade de reacção à formação encarnada.
Fora os golos, a exibição do Benfica foi desastrosa, os jogadores actuaram desinspirados desde a defesa, ao meio campo, passando pelo ataque onde nem o virtuoso Suazo nem o consagrado Nuno Gomes chatearam a defesa grega que está longe de ser fora de série.
O que é certo, é que pesa embora Quique tenha mantido a sua postura humilde, pedindo desculpa aos adeptos, o Benfica sofreu a maior goleada desde os 7-0 de Vigo, num ano em que o Benfica é a única equipa da Europa a ainda não ter perdido nos principais campeonatos.
É contraditório, mas é uma efectiva realidade com a qual o Benfica tem de encarar e tentar melhorar.
Por falar em Vermelho, O Braga perdeu esta noite face ao Wolsburgo, equipa de Ricardo Costa (que marcou um autogolo) que tem estado a causar sensação na Alemanha.
Os bracarenses estão assim forçados a empatar na Holanda com o Herenveen para seguirem pelo 3º ano seguido para os 16 avos de final da UEFA.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
"Um ano sem chefe de fila" Análise do ano tenístico feminino
Justine Henin foi líder incontestável da época de 2007, tendo ganho 11 títulos, 2 Grand Slams e o Masters.
Atrás de Justine, seguia uma segunda linha de tenistas com fome de títulos e nº1, como as irmãs Williams, Maria Sharapova, as sérvias Ivanovic e Jankovic e as russas Dementieva ou Kuznetsova.
Mas o início do ano trouxe no entanto a primeira grande sensação: Maria Sharapova.
Ninguém duvida do valor da russa, mas o que é certo é que também ninguém esperava que Sharapova vencesse o Australian Open tendo tido na final o seu jogo mais difícil (7-5 6-3 com Ivanovic), varrendo pelo caminho Elena Dementieva (6-2 6-0), Justine Henin (6-4 6-0) e Jelena Jankovic (6-1 6-3).
Maria, jogou como nunca se viu e continuou a sua onda de vitórias, vencendo Doha e permanecendo imaculada até às meias-finais do torneio de Indian Wells, no qual reapareceu Ivanovic, que depois da final do Open da Austrália contraiu uma lesão no tornozelo que afastou de Doha e a condicionou para o Open do Dubai.
Ana ganhou em Indian Wells sem contestação vindo posteriormente a perder cedo em Miami com a veterana Davenport.
Em Miami, a tradição foi no entanto cumprida. Serena Williams venceu mais uma vez, esmagando pelo caminho Justine Henin nos quartos de final por 6-2 6-0, num resultado escandaloso que começava a levantar a ponta do véu em relação à desmotivação que assombrava Justine.
Tal como os primeiros 4 meses de temporada o início da época de terra batida trouxe novidades e uma líder não definida até Roland Garros.
Na época americana, Sharapova venceu Amelia Island mas foi derrotada na semana seguinte por Serena que viria a vencer em Charleston.
A viajem pelo pó de tijolo europeu pré-Paris, trouxe a mais triste das notícias do ano: A retirada de Justine Henin.
Apesar de todos os maus resultados de início de época Justine possuía ainda o dobro dos pontos da 2ª classificada e era clara e única favorita ao título de Roland Garros.
A derrota com Safina (que viria a ser uma das jogadoras da época) na 3ª ronda de Berlim foi o último jogo da carreira de uma das melhores jogadoras de sempre.
Oito títulos do Grand Slam, dois Masters, uma medalha de ouro olímpica fazem de Justine uma jogadora para mais tarde recordar.
Em Berlim, foi mesmo Safina a ganhar e em Roma, Jankovic (até aqui quase desaparecida) revalidou o título, partindo para Roland Garros na 1ª linha de favoritas.
Perante isto, partíamos para Roland Garros sem favorita definida, com as duas sérvias em boa forma, com Sharapova a ser uma jogadora a ter sempre em conta e com Safina motivadíssima depois do título em Berlim.
Mas em Paris, a princesa de Belgrado Ana Ivanovic foi clara vencedora, perdendo apenas um set em toda a competição, na fantástica meia final com Jankovic, batendo na final da prova a fabulosa Safina que vinha de 12 vitórias consecutivas constando no seu leque jogadoras como Henin, Serena, Dementieva (2 vezes) Kuznetsova e Sharapova.
Ana, assumiu a liderança do ranking até Setembro mas a sua liderança foi um marasmo.
Com uma lesão à mistura, os maus resultados sucederam-se e a sérvia viria a ser ligeiramente esquecida durante o Verão, que começou com uma vitória de
Venus Williams em Wimbledon, em mais uma edição do torneio londrino completamente dominada pelas manas mais mediáticas do ténis mundial, sem que lhes tenha sido oferecida oposição por quem quer que seja.
A época de preparação seria já de forma anunciada, diferente das outras, uma vez que o ano olímpico obrigou a um ajuste nos torneios de Verão assim como a uma viagem sempre dura, para a maioria dos jogadores de top50.
O torneio Olímpico feminino foi marcado pelas ausências de Ivanovic e Sharapova, ambas lesionadas, com a lesão de Maria a ser condicionante até ao final do ano.
A medalhada de ouro foi a sempre discreta Elena Dementieva, que desta feita deixou de ser uma das eternas out-siders passando a ser “a” Campeã Olímpica, tendo ultrapassado pelo caminho Serena Williams e batido na final a melhor jogadora do Verão e vencedor de Los Angeles e Montreal, Dinara Safina.
O UsOpen, foi na minha opinião, o torneio onde as favoritas estiveram mais regulares.
Seis jogadoras poderiam terminar como nº1 o torneio nova iorquino, e apenas duas caíram cedo: Ana Ivanovic, que saiu conformada por ter viajado milhares de quilómetros nos dias anteriores à competição procurando estar presente em Nova Iorque sem estar afectada pela lesão no polegar; e Svetlana Kuznetsova que perdeu cedo confirmando uma segunda metade de época terrível que a afundou na 8ª posição do ranking.
Em Nova Iorque, o apelido Williams brilhou mais uma vez, desta vez pelo mérito da irmã mais nova, Serena, que bateu numa final fabulosa a sérvia Jankovic num jogo que definiu igualmente a 1ª posição do ranking mundial.
Serena substituiu Ana no topo mas não por muito tempo, pois após uma mini época asiática marcada pelas vitórias de Safina em Tóquio e Jankovic em Pequim as jogadoras viajaram para a Europa, com Serena a ser derrotada no único encontro que jogou como nº1, oferecendo o nº1 a Jankovic, que com vitórias em Estugarda e Moscovo viria a capitaliza-lo até ao final da época.
As últimas semanas antes do Masters de Doha trouxeram as qualificações à ultima da hora de Venus e Zvonareva (futuras finalistas) e o ressurgimento (em boa hora) da sérvia Ivanovic que ao vencer Linz (jogando bastante bem) lançou grandes indicações para o último torneio da época.
No entanto, em Doha, as jogadoras contrariaram a regra:
Ivanovic sofreu de virose e Serena de dores abdominais tendo ambas desistido antes de terminar a fase de round robin.
Venus e Zvonareva (duas jogadoras menos cotadas) dominaram os seus grupos e venceram as suas meias finais disputando uma final fabulosa ganha pela americana.
Em suma, e perante uma temporada de altas indefinições no circuito mundial devo dizer que num ano em que as 5 campeãs dos grandes torneios (Grand Slams + JO) foram 5 jogadoras diferentes, este Masters veio atribuir o estatuto de jogadora do Ano à vencedora.
Por mais que Jelena Jankovic seja a nº1 no final da temporada, não podemos fugir ao facto de Jelena nunca conquistou qualquer grande evento, e que Venus, somou esta temporada o seu 5º título de Wimbledon, para não falar no facto da Norte-Americana ter jogado menos de metade dos torneios da nº1 sérvia.
Perante isto, aguarda-se uma época de 2009 muitíssimo aliciante, com Maria Sharapova de regresso a 100% e com os esperados ressurgimentos e ascensões de jogadoras como Anna Chakvetadze, Daniela Hantuchova e Caroline Woznicki.
2009 já chama por nós!
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Volta Maria!
A sereia da Sibéria é conhecida em todas as partes do globo, e o seu nome soa nos ouvidos das pessoas, mesmo que muitas não saibam exactamente quem ela é.
Entre a comunidade tenística, Maria é efectivamente uma personalidade marcante, não só na actualidade tenística como,efectivamente, na história do ténis.
Não creio no entanto, que seja pela qualidade tenística, pela exuberância técnica, pelo porte atlético, nem mesmo pela beleza (que não é pouca), mas sim pela atitude.
Maria Sharapova tem, o que 99% das jogadoras de ténis profissional não têm, Carácter.
Esse carácter, atitude e personalidade de que falo, não é só evidenciado dentro do court, mas fora, na forma como gere, de modo particular, a sua carreira.
Pouco dada a amizades com tenistas e odiada por muitos, a russa mantém a sua postura vincada, que no fundo descreve o seu jogo, que por vezes desajeitado ou sem plano B, conta sempre com uma capacidade mental única que acompanha desde a juventude, pois ao 9 anos "teve" a ousadia de deixar uma vida e mãe para trás, para partir com o pai para a Florida, seguindo o seu sonho (e talento).
Bem acompanhada pelo mítico Nick Bollitieri, a russa chegou ao título no maior torneio do mundo aos 17 anos, e conta actualmente com 3 grandslams em três palcos diferentes, faltando-lhe apenas Roland Garros, que se disputa no piso que mais evidencia as debilidades da Russa.
Actualmente, e quando nos queixamos de uma falta de liderança no circuito feminino, Maria Sharapova é lembrada e relembrada como alguém que muita falta faz ao circuito.
E faz!
Não creio no entanto que seja assim tão evidente que a russa venha a ser dominadora do circuito, até porque se aproxima um regressar à competição bem duro para Maria, com a recuperação de uma lesão e ainda largos 2000 pontos a defender nos primeiros 3 meses da temporada.
Afirmo no entanto, que o nome Maria Sharapova faz falta ao ténis feminino mundial e digo mesmo que a sua ausência tem sido verdadeiramente penosa, para organizadores de torneios como os Jogos Olímpicos, UsOpen e Masters, três torneios (como em todos) em que Maria seria uma das atracções a nível de Media e imagem.
Sharapova é daquelas jogadoras que com aquilo que já fez, poderia sentar-se no sofá e ver os fãs a chorar pelo seu regresso.
Poderia deixar de jogar bem ou sair do top30 que continuaria a ser atracção para encher todos os courts centrais do mundo.
É por isto, que Maria faz falta, mesmo que se saiba que na sua geração (20-22 anos) conta com uma Ana Ivanovic que rivaliza com Maria a nível de jogo, títulos e imagem, sem que no entanto a Sérvia tenha a projecção mediática da russa.
Em termos de jogo, não tenho grandes dúvidas que Ana é tão boa ou melhor que Maria, se bem que no fundo isto é uma opinião muito (muito muito muito) pessoal.
Todo este parênteses para referir que aguardo ansiosamente uma rivalidade entre Ana e Maria, hà muito prometida, mas que tem tardado em aparecer (com mais regularidade) sem que nunca tenhamos tido um grande encontro entre as duas.
Muitos virão decerto.
Maria Sharapova, um ícone, uma diva, uma senhora ou uma menina, vai regressar, já em Janeiro!
A festa da Taça
Esta quarta eliminatória da Taça, não trouxe nenhum desses momentos, mesmo que se ressalve a presença do Cinfães (3ª divisão) Olivais e Moscavide (2ª divisão) e Valdevez (2ª divisão) que marcam presença entre os 16 melhores da competição.
Mas o destaque vai, logicamente, para os embates que envolveram os grandes, particularmente o Sporting - Porto, que terminou com vitória do Porto nas grandes penalidades.
Para mim, e com franqueza, este foi o melhor jogo da época em Portugal.
Uma primeira parte de excelente qualidade por parte do Sporting, com o Porto jogar apenas aquilo que os "Leões" deixaram, e com o golo a surgir de forma estranha, mas justa para a equipa de Alvalade.
Considero mesmo que o Porto, teve efectiva felicidade em sair para o intervalo apenas a perder por um golo, pois a desorientação era, a certa altura patente.
Mas o intervalo fez bem ao Porto e a segunda parte trouxe um Porto mais solto, com o Sporting a não conseguir manter o fortíssimo ritmo da segunda parte.
A tarefa para o Porto estava ainda assim muito difícil, até que um certo de Hulk, decidiu pegar na bola, correr meia centena de metros, e atirar uma bomba de pé esquerdo, sem hipóteses para Rui Patrício.
Apartir daqui até à expulsão de Caneira, o jogo foi bom, aguerrido, com o Porto a ajudar e a procurar passar para a frente de um Sporting que continuava forte.
A expulsão de Caneira veio piorar o jogo, fazendo do árbitro o actor principal, com Pedro Emanuel a seguir o caminho do defensor leonino, ainda nos 90 minutos.
O prolongamento trouxe um jogo aberto, oportunidades de parte a parte e mais casos, entre eles a expulsão de Hulk, após segundo amarelo numa simulação de grande penalidade.
Os penaltis, como sempre, foram obra da sorte, com Helton a dar uma mãozinha (literalmente) e a ajudar a qualificação do Porto, após um 7º penalti leonino em que Abel fez um passe para o brasileiro.
No final, ambos os treinadores frisaram que a arbitragem foi má, tendo Paulo Bento utilizado palavras como "nojo" e "incompetência", que deverão desembocar numa suspensão para o treinador leonino.
Apesar de não ser especialista em arbitragem, considero que ela foi má, para nenhuma em especial, mas para o futebol em si.
Hoje, na Luz, jogo sem história, com o Benfica a jogar em ritmo de treino, num jogo ideal depois do desaire europeu.
O Aves não brilhou nem quis brilhar, (des)ajudado pelo facto de ter entrado a perder.
Destaque-se a mudança táctica de Quique, colocando Aimar no meio-campo, e dois pontas de lança na frente, a fraca(íssima) exibição de Cardozo com pouca atitude e eficácia e ainda o regresso esperado de David Luíz, voltando com vontade e atitude.
Entre os outros jogos que tive oportunidade de ver da taça, destaco um Boavista infeliz a jogar muito bom futebol e uma Naval igualmente compacta que pode muito bem este ano fazer sensação o campeonato e taça.
Veremos.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Todos a conhecem!
Michelle Larcher de Brito, já é um nome que não passa ao lado entre a comunidade tenística.
O ano terminou para a lisboeta, mas este é um ano que forçosamente nunca irá esquecer.
Michelle passou rapidamente duma menina-prodígio a uma aspirante de top100, com objectivos definidos, carácter e vitórias em diferentes torneios em jogadoras de top.
É de facto complicado identificar o melhor momento do ano de Michelle, uma vez que desde Abril que a jovem de 15 anos tem vindo a coleccionar recordes, marcas fabulosas e vitórias sobre jogadoras de top100, 50 e por vezes mesmo top20.
Este foi igualmente o ano
Ora destaquemos os grandes feitos e a regularidade dos mesmos:
Abril:
-Michelle ultrapassa Ekateryna Makarova, top80 mundial, na 1ª ronda do super evento de Miami (maior evento a seguir aos GrandSlams) depois de estar a perder por 3-6 1-5, salvando 3 match points e acabando por vencer por 3-6 7-6 6-2.
- Na segunda ronda a jovem alfacinha alcançou aquela que é até agora a sua maior vitória de sempre face à então nº14 do mundo e actual nº10 Agniewska Radwanska (1ª suplente no actual Masters) depois de ter mais uma vez perdido o 1º set. Mais um incrível vitória de Michelle por 2-6 6-3 7-5, mostrando um estofo que impressionou o mundo e abriu os olhos para uma verdadeira estrela.
- Michelle viria depois a perder face à então top20 Shahar Peer por 6-0 6-2, terminando desta forma um incrível torneio, numa cidade que já é talismã para a nº1 nacional.
Julho:
-Após uma época de terra batida infeliz onde ficou de fora de Roland Garros depois das derrotas com Mamic e Dokic no Estoril e em Fez, a jogadora portuguesa perdeu igualmente na 1ª ronda da qualificação de Wimbledon, e depois de perder cedo em Boston apareceu no WTA de StandFord na fase de qualificação, onde mais uma vez, chocou tudo e todos ao esmagar Marta Domashowska por 6-0 6-1 em 50 minutos.
- No quadro principal, a portuguesa ultrapassou Gisela Dulko (top50) em dois sets, perdendo depois em sessão nocturna para Serena Williams num encontro
-Depois da derrota prematura
- O encontro que se seguiu foi com a sempre combativa Kuznetsova, na altura nº4 mundial, num encontro no qual Mi esteve muito perto de vencer.
Teve set point no 1º set, acabando por perde-lo, venceu o segundo e no terceiro acusou o desgaste, mas só perdeu por 5-7 6-2 4-6.
- Depois deste torneio, Michelle Larcher de Brito tornou se nº1 nacional e melhor portuguesa de sempre no ranking WTA, aos 15 anos de idade!
Outubro:
- Depois de uma qualificação do UsOpen que não trouxe nada de novo Michelle alcançou mais um feito histórico para o ténis nacional. Tornou-se a primeira jogadora nacional a alcançar os quartos de final dum evento WTA, em Tashkent no Uzbequistão, perdendo para Sorana Cirstea, uma promissora Romena de 18 anos que acabaria por conquistar o título. (Esta mesma Sorana Cirstea perdeu com Michelle na 3ª ronda do torneio de juniores de Roland Garros de 2007).
A época de Michelle acabou por terminar sem brilho no Canadá mas o balanço é fenomenal.
Ela é aos 15 anos, a 7ª melhor jogadora do ranking com 18 ou menos anos.
E tem, efectivamente uma margem de progressão brutal, particularmente a nível do serviço e do meio corte para a frente, uma vez que é uma jogadora bem ao estilo da Academia Bollitieri, com fortíssimas pancadas de fundo do corte, uma garra tremenda mas pouca variação de jogo, sendo que esse é outros dos aspectos que deve ser trabalhado e desenvolvido.
Depois desta época, só podemos esperar que a próxima conte ainda mais episódios dourados na sua ainda curta carreira, mas acreditamos que seja uma questão de tempo, para que a promessa passe a grande figura do ténis mundial.
Tudo isto num ano
sábado, 1 de novembro de 2008
Vem aí o Masters!
Num ano marcado pela retirada de Justine Henin, o ténis feminino ficou sem uma líder definida, com 4 campeãs de Grand Slam diferentes e várias nºs1 do mundo, sendo que a actual, nunca ganhou qualquer título do Grand Slam.
De todas as figuras e destaque, Sharapova é ausência claro.
A russa, nº6 do mundo, teria lugar neste lote, apesar de só ter jogado metade da época, onde por exemplo, ganhou com clareza o evento de Doha, cidade onde se vão disputar estes Masters.
Falemos um pouco das presentes:
Jelena Jankovic: Nº1 WTA
Esta tem sido de facto, uma época marcante para Jelena.
A sérvia, como sempre, é a jogadora das oito que mais encontros jogou este ano, mais de 80, tendo atingido o topo da sua forma em Outubro, já nesta parte final de época.
Esta época é igualmente marcante para Jelena pois foi neste ano de 2008 que a sérvia foi pela 1ª vez nº1, primeiro durante uma semana em Agosto e depois já desde a primeira semana de Outubro, prolongando-se esse reinado até agora.
Jelena, atingiu também este ano a sua primeira final do Grand Slam, tendo sido derrotada por Serena num excelente encontro.
O desafio para Jelena nestes campeonatos é mostrar que não é nº1 por acaso e que pode ser capaz de bater as melhores, em vários dias consecutivos.
Dinara Safina: Nº2 WTAParece mentira, mas esta menina que sempre viveu na sombra do irmão está a fazer uma época de sonho.
A russa, de Abril até ao USOPEN, foi a todas as finais dos torneios de disputou excepto Wimbledon, entre essas finais, Roland Garros e Jogos Olímpicos (perdidas).
Safina tem no entanto perdido um pouco o gás neste final de época, pesa embora tenha ganho o Open de Tóquio, ainda há 1 mês e meio.
Desde aí foi derrotada permaturamente em Estugarda e copiosamente derrotada nas meias finais de Moscovo, resultados que ainda assim estão longe de apagar uma época de grandes sucessos para a irmã de Marat.
Serena Williams: Nº3 WTA
O valor de Serena é indiscutivel.
Ela é, independentemente do que venha a acontecer mais na sua carreira, uma das melhores tenistas da história.
E esta foi mais uma época de altos e baixos para Serena, sendo que foi a melhor desde que ela largou o nº1 do mundo, precisamente pelo facto de ter voltado a estar nesse que ela considera o "seu" posto, durante um mês.
Serena, foi de resto uma das unicas duas jogadoras a estar em duas finais de Grand Slam este ano, juntamente com Ana Ivanovic, sem que curiosamente nenhuma das finais tenha sido entre as duas.
No entanto, esta foi uma época que para Serena também contou com desilusões, destacando-se a 3ª ronda em Roland Garros e principalmente a derrota nos 1/4 de final dos Jogos Olimpicos.
Serena quer afirmar-se como a jogadora do ano e vence em Doha.
Ana Ivanovic: Nº4 WTA
Esta é uma época histórica para Ana e para o ténis sérvio.
Foi Ana a primeira sérvia a ganhar um Grand Slam, foi Ana a primeira sérvia a ser nº1 do Mundo.
Época de sonho até Junho, Final na Austrália onde só perdeu para uma demolidora Sharapova, vitória no super evento de Indian Wells, meias finais em Berlim e acima de tudo vitória em Roland Garros, tendo perdido apenas um set durante todo o torneio.
Apartir daí... nada!
3ª ronda em Wimbledon, 3ª ronda em Montreal, ausência traumática dos Jogos Olimpicos, lesão no polegar, pior derrota de sempre duma nº1 (face a nº188 do mundo na 2ª ronda do USOPEN), 2ª ronda em Toquio, 1/4 de Final em Pequim, 2ª ronda em Moscovo e finalmente...Ana estava de volta.
Em Zurique, a sérvia perdeu para uma Venus Williams a servir constantes petardos e a não dar hipotese a quem quer que seja.
Em Linz, conquistou o titulo tendo vencido duas top10 consecutivamente... e desta forma se percebeu que Ana, e para bem do ténis, está definitivamente de volta ao seu melhor e pronta a ganhar a quem lhe apareça.
Apesar de 4 meses de vazio, caso Ana ganhe o Masters esta será um época fantástica para a sérvia, onde independentemente de tudo é a 2ª jogadora que mais Prize Money arrecadou em toda a época, apenas atrás de Serena Williams.
Elena Dementieva: Nº 5 WTA
Para mim, Elena Dementieva é o maior exemplo de falta de reconhecimento no circuito feminino.
Ao longo dos último 9/10 anos, a russa tem se mantido dentro do top10, sem nunca no entanto ter sido melhor que 4ª.
Nunca foi dada como favorita para qualquer torneio, estando sempre na segunda linha.
Mas a sua medalha de ouro olimpica foi finalmente a plataforma de reconhecimento que esta senhora bem merecia, tendo vencido no seu percurso olimpico jogadoras de top10 com Serena Williams, Vera Zvonareva e Dinara Safina.
Tem sido uma época muito boa para Elena, em que para além da vitoria olimpica alcançou meias finais em mais dois Grand Slams, Wimbledon e UsOpen, não conseguindo repetir as finais de grand slam (perdidas) de 2004.
Elena tem de ser, uma jogadora a ter em conta para Doha.
Svetlana Kuznetsova: Nº7 WTA
A consistente Svetlana tem tido uma época tudo menos consistente. De facto, a época da russa tem estado longe da qualidade das anteriores, derivado de crises de confiança em momentos importantes dos torneios, A russa, esteve mesmo no passado Julho, muito perto de ser derrota pela nossa Michelle Brito, num encontro que Michelle só não ganhou porque não aproveitou as oportunidades. Sveta, não tem nenhum grande resultado este ano, destacando-se ainda assim o número infindavel de finais perdidas, por exemplo Sidney, Dubai, Indian Wells ou Toquio e ainda as meias finais em Roland Garros.
Apesar de tudo isto, Svetlana pode muito bem surpreender em Doha e aparecer no Qatar pronta a vencer qualquer adversária.
Venus Williams Nº 8 WTA
A rainha de Wimbledon voltou a vencer no seu jardim, já lá vão 5 títulos. De facto, fora isso, a época de Venus é medíocre, fora o título em Zurique conquistado há duas semanas. Venus, ao contrario de outros anos, ainda jogou alguns torneios fora dos Grand Slams, tendo afirmada a sua vontade de estar nos campeonatos de Doha. Se estiver a jogar bem é uma das grandes candidatas.
Vera Zvonareva: Nº9 WTA
A época da medalha de Bronze Olímpica tem sido impressionante.
Por duas razões: A boa é que a russa já alcançou 7 finais de torneios, a má que dessas sete só ganhou 2 em torneios de pequena dimensão.
Tem sido, efectivamente, uma época muito positiva, para uma jogadora que ainda assim, só vai a Doha porque Sharapova já há muito anunciou a sua desistênica do torneio.
Não é das favoritas mas é uma jogadora que pode sempre encomodar, aguardemos para ver o que faz no Qatar.
Como se vê, não há uma favorita defenida para este torneio, qualquer uma poderá ganhar a qualquer outra sem isso constitua uma grande surpresa.
No entanto acreditamos que no meio de 4 russas, nenhuma delas faz parte da linha da frente de favoritismo, formada pelas sérvias e pelas irmãs Williams.