É difícil que haja muita gente no planeta a não ter ouvido falar de Maria Sharapova (pelas mais diversas razões).
A sereia da Sibéria é conhecida em todas as partes do globo, e o seu nome soa nos ouvidos das pessoas, mesmo que muitas não saibam exactamente quem ela é.
Entre a comunidade tenística, Maria é efectivamente uma personalidade marcante, não só na actualidade tenística como,efectivamente, na história do ténis.
Não creio no entanto, que seja pela qualidade tenística, pela exuberância técnica, pelo porte atlético, nem mesmo pela beleza (que não é pouca), mas sim pela atitude.
Maria Sharapova tem, o que 99% das jogadoras de ténis profissional não têm, Carácter.
Esse carácter, atitude e personalidade de que falo, não é só evidenciado dentro do court, mas fora, na forma como gere, de modo particular, a sua carreira.
Pouco dada a amizades com tenistas e odiada por muitos, a russa mantém a sua postura vincada, que no fundo descreve o seu jogo, que por vezes desajeitado ou sem plano B, conta sempre com uma capacidade mental única que acompanha desde a juventude, pois ao 9 anos "teve" a ousadia de deixar uma vida e mãe para trás, para partir com o pai para a Florida, seguindo o seu sonho (e talento).
Bem acompanhada pelo mítico Nick Bollitieri, a russa chegou ao título no maior torneio do mundo aos 17 anos, e conta actualmente com 3 grandslams em três palcos diferentes, faltando-lhe apenas Roland Garros, que se disputa no piso que mais evidencia as debilidades da Russa.
Actualmente, e quando nos queixamos de uma falta de liderança no circuito feminino, Maria Sharapova é lembrada e relembrada como alguém que muita falta faz ao circuito.
E faz!
Não creio no entanto que seja assim tão evidente que a russa venha a ser dominadora do circuito, até porque se aproxima um regressar à competição bem duro para Maria, com a recuperação de uma lesão e ainda largos 2000 pontos a defender nos primeiros 3 meses da temporada.
Afirmo no entanto, que o nome Maria Sharapova faz falta ao ténis feminino mundial e digo mesmo que a sua ausência tem sido verdadeiramente penosa, para organizadores de torneios como os Jogos Olímpicos, UsOpen e Masters, três torneios (como em todos) em que Maria seria uma das atracções a nível de Media e imagem.
Sharapova é daquelas jogadoras que com aquilo que já fez, poderia sentar-se no sofá e ver os fãs a chorar pelo seu regresso.
Poderia deixar de jogar bem ou sair do top30 que continuaria a ser atracção para encher todos os courts centrais do mundo.
É por isto, que Maria faz falta, mesmo que se saiba que na sua geração (20-22 anos) conta com uma Ana Ivanovic que rivaliza com Maria a nível de jogo, títulos e imagem, sem que no entanto a Sérvia tenha a projecção mediática da russa.
Em termos de jogo, não tenho grandes dúvidas que Ana é tão boa ou melhor que Maria, se bem que no fundo isto é uma opinião muito (muito muito muito) pessoal.
Todo este parênteses para referir que aguardo ansiosamente uma rivalidade entre Ana e Maria, hà muito prometida, mas que tem tardado em aparecer (com mais regularidade) sem que nunca tenhamos tido um grande encontro entre as duas.
Muitos virão decerto.
Maria Sharapova, um ícone, uma diva, uma senhora ou uma menina, vai regressar, já em Janeiro!
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
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2 comentários:
Espero que a Maria volte e volte tão forte como antes e que a Michelle tenha uma carreira tão boa ou melhor que a Maria está a ter, pois talento não lhe falta.
Finalmente um grande post :)
Que falta fez ela neste fim de epoca. E nao digo só isto por ser a maior fã dela, mas sim porque realmente ela fez muito falta. Como diz no post, pode nao ser a mais dotada tecnicamente, o que é verdade, mas tem talvez aquilo que falta a muitas jogadoras e que quase nenhuma tem: caracter, raça e determinaçao. Pode ser a jogadora que ganha mais a nivel de publicidade, campanhas, etc, mas uma coisa é certa, quando está em competiçao nada mais a afecta a nao ser o seu jogo. Consegue abstrair-se e tudo e entrar na sua "bolha" de transe e mais nada a perturba.
Este era um ano importante para ela. Um ano que começou lindamente com a vitoria no AO e com a sequência de encontros seguidos sem perder. Era um ano em que com a retirada da Henin, ela podia afirmar-se como a nova lider do circuito mundial. Ano em que pela primeira vez jogou pela Russia e a ia representar nos Jogos Olimpicos. E quando se pensava que tudo isso ia acontecer, tudo se desmoronou. Aquele ombro nunca foi perfeito. Já antes tinha dado problemas mas nunca como desta vez. Em plena preparaçao para os Jogos e US open, o ombro deu de si. Maria anunciava que nao ia jogar os Jogos nem o US e mais tarde dizia que a epoca tinha acabado para ela. Acredito que foi sem duvida o maior golpe que ela ja teve na sua carreira. JO e US eram importantes sim, mas o pior mesmo era ficar estes meses todos sem fazer aquilo que mais gosta: jogar tenis.
Agora ela vai regressar(finalmente!)e apesar de ter descido muito nos rankings acredito que sem duvida ela vai vir preparada para recuperar o seu posto no top do ranking.
Talvez para muitos, nao fosse a melhor altura para ela ter tantos pontos para defender da epoca passada como tem neste inicio de epoca(AO,ect). Mas como sempre nos provou, é atraves do seu caracter, garra e determinaçao que ela vai conseguir e vai voltar em grande.
Para mim, foi horrivel este final de epoca sem a poder ver jogar. Mas sei tambem que tudo isto vai valer a pena quando mais outros Grandes Titulos vieram já na proxima epoca.
Senhores e Senhoras preparem-se: a Sereia da Siberia está de volta, a grande Maria Sharapova!
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